Me abstraio no ato e te consumo como um raio
abstrato...
(quisera ver teus olhos no momento exato do adeus
no brilho de sonhos fugazes e desejos inocentes,
assim que ensaiaram a primeira lágrima.)
Me assumo impotente a seus olhos (nus)
e persigo o instante do ato (falho)
e é tudo assim tão solto e desprendido,
tão gesto casual,
é tudo tão palavra e pensamento que me admiro
incoerente à seus olhos e prossigo.
(quisera ver teus olhos neste instante de adeus
solitário)
E me abstraio ao ato e sobrevôo a cidade
escondida por entre os cabelos do teu sexo
e gozo o imperdível gozo de amor frustrado
e me condeno a morrer intranqüilo em seus braços
que me sufocam (e me afagam) aos pedaços.
(pudera viver um momento e eu diria que fosse
um momento de amor!)
A seus olhos me confesso inocente de tanto amor
e lascívia, mas meu coração (se) me entrega
e trai (me) a seus olhos, enquanto beijo a foto
sobre a mesa de centro da sala de estar
e não há mais o que se diga e (finalmente)
me condeno a morrer (de amor) com você...
Adeus...
(Nov/1988)
Wednesday, February 06, 2008
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