Monday, August 03, 2009

Rumos

leio, de novo, versos de ontem
e me envergonho
das palavras
que me reencontram
mais velho, mais gordo,
mais cético em relação à poética
dos símbolos.
leio, mais uma vez, versos que escrevi
e relembro as janelas abertas
para o mundo que tranquei com
cadeados de sisudez e desesperança.
releio a história no papel branco
que manchei com o sangue
das minhas palavras secas
e fico triste quando percebo
que apenas as deixei ficar
(re)pousadas nas pedras do meu caminho
e parti.

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