Todas as noites
te espero - ansiosa -
meu peito arde - em chamas -
te chamo...e o silêncio invade o quarto.
Meu bico esquerdo aparece
e brinca (quente e árido)
pêlos furinhos da camisola branca
(aquela que você viu o mês passado
na loja da cidade e disse ter me imaginado
na vitrine da loja, imóvel, a te esperar.)
e pula - róseo infinito -
Meu bico esquerdo acende
feito semáforo...
(lá fora um carro passa)
e meus seios doem
e o umbigo pulsa,
meus dedos são pares de uma valsa antiga,
as coxas melam,
meu peito é teu peito forte e quente...
Meu peito longe
e você chama - meu peito -
meus dedos dançam
e lamento a distância
vibrando um prazer ausente.
Saturday, April 07, 2007
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