A sombra do edifício
se derrama na esquina
do cruzamento
e ali morrem (atropelados)
nossos sonhos e esperanças.
Da janela que se abre para as ruas
e nos transforma - retina/íris
- arcos de lua e sol.
e todo grito,
da janela do edifício
faço comícios e poemas.
(no atropelo da palavra
escorre uma lágrima.)
Na janela fechada do edifício
morava um poeta
sem ofício
e com vertigens de povo
janelas edifícios
e poesia,
que ninguém sabia.
(ali não mora mais ninguém.)
Wednesday, April 11, 2007
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