Friday, January 30, 2009

CENA

Ver-te

nunca mais

hoje.

Era triste a cena

embriagada

amena a tarde

porão de madrugada.

Ver-te

nunca mais

ontem

como o vento na vela da procissão

a chama que cala o grito,

mas se propaga

intento vão.

Memória fica na palavra

largada ao muro

em um gesto doce

como uma lâmina em meu pulmão.

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