Abandonar as rimas lisérgicas de outrora
à própria sorte,
autônomas,
e deixar que fluam através do tempo
sem antes nem depois de nada.
De forma amena e singela
escrever uma carta ao passado
agradecendo as certezas de tantas dúvidas
projetadas no tempo que foi passando,
desavisado e simples, monótono e verdadeiro.
Recalcitrar determinações prévias
e mesmo alijado das rimas poetizar
o dia que amanhece em meus olhos
e cantar em versos os (tantos) segredos de ontem.
deixar escorrer pelo ralo da memória
a angústia do tempo que passa,
-estancar a verborragia inútil-
simplesmente olhar para trás
e fingir que não escuto
quando peço socorro.
Seguir meu caminho sem fim,
sem rumo,
sem nada.
Friday, April 02, 2010
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1 comment:
A angústia acaba nos movendo de lugar. É importante estar em paz, é importante estar agora.
Mas escreveria esta carta ao passado
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