Friday, March 30, 2007

MIRA/MIRROR

Metamorfoseio-me instante em busca do teu corpo
que arde em palavras tipo chão calor viagem
e etcéteras mil...
Juro que, de repente, me reflito, mas não te amo
me amo
me sumo
te como,
mas como labutar em versos?

A tinta rola/escorre pelo orifício de um poro

esquisito - aquecido - esquecido.

Te sinto rememorar passados inesquecidos
onde são o que são
corações mãos pernas e dedos
e em teu corpo transpiro imagens,
me liberto o inseto em vôo
e lamento a guerra e a fome
vivendo em paz e de barriga cheia
nunca dispensando o vinho - branco -
como a incerteza que amanheça em mim...

Te sinto escorrer pelo vão dos dedos,
na barriga no umbigo pela coxa esquerda,
te sinto sob meus pés
me pisoteando em qualquer sarjeta lilás.

Solto as feras, as amarras
grito que me perde no espaço.

Que porra me pede a lua rebolando no reboco
da janela?

Meu rosto no espelho
são crateras que ardem em fogo (fátuo)
sob meus olhos se processam
mil reações químicas
e vomito nossa podridão na pia do banheiro.

1 comment:

Anonymous said...

This is great info to know.