Lírico, na incansável busca
da palavra-chave que encerre
em si todo o segredo
da dualidade das coisas,
projeto no infinito alguns versos
sobre situações que defino
objetos de apreço e
de boas lembranças.
Entretanto o lirismo
me enfastia e enterro
o lirismo com versos
de cimento e ferragens.
Ao longo de alguns poucos anos
me imagino sem mais nada
sobre o que escrever e assim
fico horas sobre o papel,
caneta em punho,
degladiando-me com a poesia.
Todas as vezes que tento um poema
consigo, ao invés de poesia,
imagens confusas de tudo ao redor,
mas persigo o ofício
e tento de novo,
até que eu consiga,
de novo.
Friday, March 30, 2007
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