A manhã invade o quarto
pela janela,
manhã clara, plena de sol - manhã,
que, em si, é um grande lugar
comum.
E bate nas paredes,
no assoalho frio e poeirento,
(-Acho que a manhã também acorda a poeira
que levanta e flutua,
dócil e organizadamente,
coçando em meu nariz.)
A manhã com sua hora certa,
planejada, instante após instante,
minuciosa,
que vai tomando meu país de assalto
que se assusta
e, por pouco, não chama a polícia.
O telefone toca. - Não sei se atendo.
Pode ser meu amor,
pode ser um problema,
quem sabe se não é a morte? - Esta eu não atendo.
E se for meu amor, que eu não entendo,
mas amo profundamente?
E se for a manhã? a manhã em pessoa
e impulso eletrônico,
avisando que vai se atrasar?
Friday, March 30, 2007
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