Sunday, November 04, 2007

CANTO DE VIDA E MORTE

Não há que se encontrar
a vida que se queira
assim, ao inesperado,
como quem encontra
um amor antigo
e diz olá ! e dá um beijo.


Não há que se querer
assim, se encontre,
avidamente,
como o homem que deseja
a mulher e então
ele a possui (animal-verdadeiro)
e dá adeus ! nem dá um beijo.


Não há que se temer
da vida que se espera,
assim, a invocar os deuses
e pedir socorro.


Não há o que temer
da vida que me espera,

assim,

não há o que viver,

fim.

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