Sunday, November 04, 2007

POEMA PRÁ NADA

Agora que o tempo é passado,
as mãos estão tremulas
e a dor que eu sinto
é uma realidade;

agora que os tempos são outros
percebo que muita coisa acabou

Agora eu percebo
que as pessoas
vivem me perguntando
se não sou outro,
um fulano de tal,
e constato no espelho
um rosto vulgar e comum
igual a tantos outros
na rua,
cuja identidade é apenas
um número
de cédula
que eu jogo na fogueira
dos meus pensamentos
e que se perde em cinzas
e se acaba
como eu e este poema,

completamente desnecessário.

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