Sunday, November 04, 2007

A MÃO QUE NÃO ME TOCA

"Voar,
trafegar incertos olhos
vadios na noite."

A mão que afaga meu cabelo
é doce como a chuva e o desejo.

As ruas passam confusas.
(e foram tantas as ruas)
e é minha mão a que me toca
e flutua
à espera de que alguma coisa aconteça.


Concluo que não basta
semear o amanhecer,
é necessário que esta noite
saiba, impreterivelmente,
a verdade sobre tudo.

Minha mão, a que me toca,
faz com que eu me sinta
quase que feliz,
com os olhos fechados,
quando imagino não ser minha

esta mão que me toca.

"voar..."


(and your hands were there,
but was too late
when I got it.)

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