Todo amor que se sente
trafega,
plácido e imune,
vertigem e matéria,
em meio aos olhos do mundo.
Não basta transformar o instante
em qualquer coisa eterna e descartável.
Deve se deixar sempre
a carne sentir o prazer da mordida,
enquanto desejo ou sentimento voraz de paixão.
Todo amor que se sente
deve, sobretudo,
ser devorado até a última gota
do sangue,
vermelho e viscoso,
que escorre dos lábios.
(é imutável o dia após o dia
desde que a vida se limite
a ser simplesmente mensurada).
Deve se ter presente
que não há desejo incompleto,
porém o amor mascarado;
não há mais espaço ou tempo,
porém paixão e saudade;
não há, nunca haverá,
o amor sem consumo de si
e o amor que se acaba,
pois,
todo amor que se sente...
Sunday, November 04, 2007
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