Não ponha nunca mais
sua mão esquerda
sobre meu ombro idem
nesta atitude de queixo
perpendicular ao braço
que cruza nossos corpos
como uma lâmina longa
- tênue e rósea -
(afastando como quem aconchega).
Não abra ainda mais
seus dois grandes olhos
-verdes-
vertentes torrenciais
de águas mornais/salítricas
que afagam e repousam o corpo,
mas sempre me deprimem a alma
em cataclismas/catarses
de estrelas no céu,
vertentes velozes-ferozes olhares
de águas mornais/salivais.
Esses dois grandes olhos
que me sabem todo
e me são o único mistério e segredo
no espaço vazio que existe entre
a pré-descoberta e a revelação
de um novo espaço de mundo
e eu começo tudo de novo,
Mas não ponha nunca mais...
Sunday, November 04, 2007
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